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20121206

O D-LZ 127 Graf Zeppelin



Hoje, 08 de julho de 1928, o D-127 Graf Zeppelin esta sendo batizado, a madrinha é a Condessa Helene von Brandestein Zeppelin, este dia foi escolhido por ser data que o Conde Zeppelin faria 90 anos. O primeiro vôo do dirigível ocorreu no dia 18 de setembro deste mesmo ano sob o comando de Hugo Eckner e durou 3 horas, retornando a base de Friedrichshafen.
O Graf Zeppelin tem 213 m de comprimento, 5 motores Maybach com 12 cilindros, desenvolvendo até 550 HP cada, alimentados com um combustível leve, o Blau Gás (H2) e gasolina, e velocidade de cruzeiro até 128 km/h enquanto que num navio variava entre 25 e 40 km/h. Tem uma capacidade de carga para até 62 toneladas, transporta 20 passageiros e 45 tripulantes, com um volume deslocado de 105.000 m³, sendo o maior dirigível em operação até esta data. Sua estrutura é baseada numa carcaça de alumínio, revestida por tela, recoberta por lona de algodão, pintada com tinta prata para absorver o calor.
Hugo Eckner e Ludwig "o projetista"
Quem observa de fora a silhueta elegante e inconfundível do Graf Zeppelin, não imagina o conforto que a gôndola proporciona para os passageiros. Possui banheiros, sala de jantar e estar, cozinha, e salas de rádio e navegação. O Graf Zeppelin, conta ainda com 10 camarotes, com dois beliches cada um, que confirmam a fama de "hotel voador". A passagem custa 6.590 réis. Nenhum acidente até hoje foi registrado com o Graf Zeppelin.
Lembrando um pouco da história desta fantástica aeronave, vejamos:

Em 29 de agosto de 1929, comandado por Hugo Eckner, completou o primeiro vôo em redor do mundo ao aterrar em Lekehurst, Nova Jersey, nos EUA. Esta famosa epopéia durou 21 dias e foram percorridos 34.600 km. Muitas viagens foram realizadas em diversos paises do mundo, atendo-se somente ao Brasil, vejamos:

Zeppelin atracado no Campo de Jiquiá - Recife
Em 21 de maio de 1930, ocorreu o primeiro vôo para o Brasil, tendo como ponto de chagada a cidade de Recife, atracando no Campo do Jiquiá em uma torre fixa especialmente construída para esta finalidade. Em terra, mais de 15.000 pessoas foram assistir ao evento e recepcionar a aeronave. No local estiveram presentes o próprio governador do estado de Pernambuco, Estácio Coimbra e o Sociólogo Gilberto Freyre. No comando da aeronave estava o Professor Hugo Eckner. Recife foi a uma das primeiras cidades da América com conexão direta para a Europa.
Em virtude da ausência de instalações adequadas no Campo dos Affonsos, na Capital da Republica, nos primeiros anos de operação o Graf Zeppelin ao chegar ao Brasil atracavam na cidade do Recife, onde os passageiros eram desembarcados e os que se destinavam ao sul e principalmente ao Rio de Janeiro seguiam viagem em aviões da empresa aérea Sindicato Condor.

Zeppelin sobrevoando o Rio de Janeiro
Em 12 de maio de 1933, o Zeppelin chega ao Rio de Janeiro e por não estar ainda concluída a torre de amarração na ponta do Calabouço deslocou-se para o Campo dos Affonsos e lá também não pode baixar logo cedo (7:00 horas da manhã), devido a forte cerração que reinava, o possante dirigível fez então um passeio até Santos e São Paulo, voltando depois para a Guanabara onde chegou as 17:00 h e pousando em boas condições (Folha da Manhã). Meia hora depois, partiu para Recife, após o embarque dos passageiros que o espera.

Sobrevoando Porto Alegre
Em 29 de junho de 1934, o LZ-127 Graf Zeppelin sobrevoou a Cidade de Porto Alegre em um vôo proveniente do Rio de Janeiro, com destino a Buenos Aires. A enorme aeronave em forma de charuto atraiu os olhares de quem passava na rua, tirou gente de casa e nunca mais saiu da memória de quem a viu, foi indescritível o movimento se notou em toda a cidade, perturbando o dia tranqüilo.

O D-LZ 127 Graf Zeppelin é a grandiosidade personificada e simboliza os avanços do transporte aéreo de nossa época.

O filme de 1932 mostra uma viagem para o Rio de Janeiro a bordo do Graf Zeppelin:

Veja mais em:
http://culturaaeronautica.blogspot.com.br/2011/07/os-zeppelins-nos-ceus-brasileiros.html
ngc-news(0021)

O Hangar do Graf Zeppelin



Hoje, 26 de dezembro de 1936, esta sendo inaugurada na presença do presidente Getúlio Vargas a instalação de atracação da aeronave dirigível Graf Zeppelin, no distrito de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, a qual conta com a torre de atracação e um gigantesco hangar, este concebido por engenheiros alemães, foi construído pela Construtora Nacional Condor, empresa brasileira que seguiu as instruções estritas de montagem do enorme conjunto pré-fabricado na Alemanha. Possibilitando a ativação de uma linha regular de dirigíveis, que ligará as cidades de Frankfurt ao Rio de Janeiro com escala em Recife. Os futuros passageiros contarão também com um ramal ferroviário, para conduzir-los até a Estação Dom Pedro II no centro de Rio de Janeiro (um trecho 35 km).

O hangar apresenta grandes dimensões, sendo: 274 m de comprimento, 58 m de altura e 58 m de largura. Orientado no sentido norte/sul, o seu portão norte, com 28 m de largura e 26 m de altura, serve apenas para ventilação e saída da torre de atracação, sendo aberto manualmente. O portão sul, o principal, abre-se em toda a altura do hangar e possui duas folhas de 80 toneladas de peso cada uma. Estas são abertas graças a potentes motores elétricos ou alternativamente, de forma manual. As instalações elétricas são blindadas para evitar o surgimento de qualquer fagulha, o que poderia causar um incêndio catastrófico nos dirigíveis. No topo do hangar, a 61 m de altura, esta a torre de comando, de onde se pode avistar toda a área circundante, desde a baia de Sepetiba até o Rio Gandu.
A torre de atracação onde após o pouso o dirigível é amarrado move-se sobre trilhos e reboca o dirigível para dentro do hangar.

Hoje novos rumos iniciam-se na história da aviação comercial no Brasil.