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20130226

Ponte Internacional da Amizade


Ponte em 1965
Hoje, 27 de março de 1965, é oficialmente aberta para o trânsito pelo presidente da república Marechal Castelo Branco, a Ponte Internacional da Amizade, em duas vias, passando sobre o Rio Paraná, ligando as cidades de Foz do Iguaçu no Brasil e Ciudad del Este no Paraguai.

Sendo que no início da década de 60, esta ponte, teve a primeira parte das suas obras inaugurada, antes mesmo da ponte estar pronta pelos então presidentes Juscelino Kubitscheck de Oliveira, (pouco antes do término do seu mandato, 1956-1961) e pelo do Paraguai,  Alfredo Stroessner, conforme fotos do acervo da família de João Cid Furstenberger, que trabalhou na construção da Ponte.
1a. Inauguração
O tratado de construção da ponte foi assinado em 29 de maio de 1956 pelos governos dos dois paises e as obras iniciadas em 1959. A principal condição preestabelecida no projeto da ponte era de que o tráfego fluvial não poderia ser interrompido. Desta forma foi projetada uma estrutura com 553 metros de comprimento, sustentada sobre arco engastado com vão de 290 metros em concreto armado o que é hoje é considerado um recorde mundial.
Sua localização foi definida após a execução de estudos hidrológicos  do regime do rio Paraná durante um período de vinte anos e ecolhido o local para a sua implantação sobre o canal entre Sete Quedas e Foz do Iguaçu, estreito, profundo e com águas revoltas.
Na época das cheias provocadas pelas chuvas, a grande velocidade das águas, somado a estreiteza e profundidade do canal, em torno de 71 metros e nunca inferior a 28 m, alteram as características normais do Rio Paraná. As variações de nível chegam até dez metros em 36 horas, resultando uma oscilação 30 cm por hora, o que levou aos seus projetistas a conclusão  que a ponte deveria ter 77 metros de altura a partir do fundo do rio e 32 metros acima do nível de água na época de sua maior cheia.
Presidente Castelo Branco

Para a construção do arco de sustentação da obra, a Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda, montou um cimbre de aço carbono  com 157,30 metros de comprimento e que tinha uma massa de 1.200 toneladas. A estrutura de aço foi montada, testada, e desmontada para ser transportada ao seu destino a 1.700 quilômetros de distância. Isto representou um grande desafio pois o transporte dos componentes metálicos que foi executado por estradas por nós sabido de condições irregulares.
Usou-se 43.000 m³ de concreto, 6.000 m² de madeira para formas e  escoras, 33.000 toneladas aço de Construção provenientes  da Siderúrgica Guaíra de Curitiba, entre outros materiais buscados em São Paulo e Rio de Janeiro.

Um orgulho para os seus idealizadores, para os mil operários que participaram da obra e  de suas quase 600 famílias deslocadas para o local e instaladas na Vila Operária.
ngc-news (0026)