Hoje, 26 de dezembro de 1936, esta sendo inaugurada na presença do presidente
Getúlio Vargas a instalação de atracação da aeronave dirigível Graf Zeppelin,
no distrito de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, a qual conta com a torre de
atracação e um gigantesco hangar, este concebido por engenheiros alemães, foi
construído pela Construtora Nacional Condor, empresa brasileira que seguiu as
instruções estritas de montagem do enorme conjunto pré-fabricado na Alemanha. Possibilitando
a ativação de uma linha regular de dirigíveis, que ligará as cidades de
Frankfurt ao Rio de Janeiro com escala em Recife. Os futuros passageiros contarão também
com um ramal ferroviário, para conduzir-los até a Estação Dom Pedro II no
centro de Rio de Janeiro (um trecho 35 km).
O hangar
apresenta grandes dimensões, sendo: 274 m de comprimento, 58 m de altura e 58 m de largura. Orientado no
sentido norte/sul, o seu portão norte, com 28 m de largura e 26 m de altura, serve apenas
para ventilação e saída da torre de atracação, sendo aberto manualmente. O
portão sul, o principal, abre-se em toda a altura do hangar e possui duas
folhas de 80 toneladas de peso cada uma. Estas são abertas graças a potentes
motores elétricos ou alternativamente, de forma manual. As instalações
elétricas são blindadas para evitar o surgimento de qualquer fagulha, o que
poderia causar um incêndio catastrófico nos dirigíveis. No topo do hangar, a 61 m de altura, esta a torre
de comando, de onde se pode avistar toda a área circundante, desde a baia de Sepetiba
até o Rio Gandu.
A torre de
atracação onde após o pouso o dirigível é amarrado move-se sobre trilhos e
reboca o dirigível para dentro do hangar.